sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A CONTINUIDADE DO SER E O ALÉM VIDA

                                                  O ignorante afirma...

o sábio duvida...

e o sensato reflete! 

Aristóteles 



Para começar nossa conversa eu pergunto: Alguém tem alguma idéia do que acontece quando é chegada a nossa, hora quando ultrapassamos do mundo material para o invisível? Ou alguém poderia descrever o que significa o além?

No dicionário Aurélio há vários significados para a palavra além, como: “o que vem depois da morte; o outro mundo, a eternidade, o além túmulo; a ultravida”. Esses significados são utilizados em outras palavras por Leon Denis para falar sobre a sobrevivência da alma no livro “O além e a sobrevivência do ser”. Denis faz um relato sobre a comunicação dos espíritos e as suas atuações nas nossas vidas, sejam elas para ajudar ou para assombrar, através das energias positivas emitidas que ajudam os encarnados em muitos campos da vida,  ou das aparições repentinas ou intermitentes que transformam determinados lugares em mal assombrados. O livro de Denis também nos induz a ter certos cuidados com algumas comunicações. O estudo foi baseado no trabalho dos pesquisadores que buscavam a cientificação do espiritismo com vistas a comprovar que a vida não termina com a morte do corpo.

Se alguém de repente perguntasse: o que somos nós? A resposta é simples, nós somos seres humanos que emitimos fluidos que poderão agir sobre outras pessoas de acordo com a energia enviada através do pensamento. Essas energias podem funcionar para o bem e para o mal, assim como também produzem os fenômenos mediúnicos muitas vezes entre vivos, por exemplo, eu quero falar com alguém, me concentro nele, lhe envio a energia da necessidade de lhe falar, e de repente essa pessoa sente a mesma necessidade e me telefona. Outras manifestações de fenômenos produzidos por nós, os encarnados acontecem como resultado da  energia desprendida por nós durante o dia e que se transforma  em encontros com espíritos da mesma faixa vibratória durante a noite, seja para trabalhar ou simplesmente para  assombrar. Quando a energia emitida é negativa o resultado é o encontro com espíritos obscuros que produzem a sensação de pesadelo, só que esse encontro pode ter sido produzido pelas energias desprendidas por nós durante o dia, pelo comportamento  natural, é isso que atrai os espíritos de energias boas ou pesadas para junto de nós.

Segundo os estudos realizados por Leon Denis: “o duplo fluídico de pessoas vivas se destaca, em certas condições, do corpo material para se mostrar e manifestar à distância”. Esse fenômeno é conhecido no mundo inteiro como telepatia, que é a mesma coisa de atrair através do pensamento. Quanto às aparições ou influências dos mortos, estas podem ocorrer de várias formas, a pessoa pode ficar com o pensamento fixado no espírito e a partir dali provocar a aparição dele; pode também através da influência do espírito, realizar alguma ação para o bem ou para o mal, isso vai depender da energia do espírito com o qual a pessoa se encontra conectada; essa interação pode ocorrer durante o sono, através do sonho para avisar sobre algo interessante; pode ocorrer que o médium[1] ouça vozes lhe aconselhando a agir de determinada maneira; que tenha a intuição de fazer algo e depois perceba que aquilo tinha que ser feito e que sua atitude foi importante para o bem estar de alguém ou de uma comunidade.

Conta Leon Denis, em um de seus relatos comprobatórios de comunicação de desencarnados que certa vez um senhor ao se deitar, avistou ao pé de sua cama um amigo que se encontrava muito distante olhando para ele com tristeza, ele então feliz gritou, meu amigo você está aqui, e o amigo desapareceu. Em seguida ele narrou o acontecido para a sua esposa e no dia seguinte recebeu um telegrama avisando-o que o seu amigo falecera no momento em que havia aparecido para ele. A pessoa que recebeu esse aviso não era espírita, tampouco tinha qualquer conhecimento acerca da comunicabilidade dos espíritos, mas recebeu a visita de seu amigo no momento do desencarne. Esse episódio nos faz perceber que o ser humano não perde sua consciência ao desencarnar, e que é possível a utilização desta consciência para avisar os entes queridos do próprio desenlace logo após este aconteça. É claro que isso não é regra, mas é possível.

Outro relato feito por Denis conta a história de um senhor que recorreu ao Estado pedindo a diminuição da taxa de IPTU de uma residência que possuía para aluguel, alegando que após a morte por assassinato de uma jovem senhora no imóvel, a casa passou a ser mal assombrada e nenhum inquilino conseguiu se estabelecer no imóvel, pois os gritos e gemidos diários incomodavam os moradores que se mudavam com grande freqüência, lhe causando prejuízo financeiro. Após a comprovação da existência dos fantasmas na casa por uma comissão, o IPTU foi reduzido consideravelmente e os fantasmas existentes na casa foram reconhecidos. O filme “os outros” relata uma situação semelhante, onde os mortos ficam presos à esfera terrestre e passam a assombrar os moradores de uma casa fazendo-os se mudarem para que aquele lar permaneça sendo deles.

Eu estou falando aqui de ciência e não de crença popular, quando alguém fala que um lugar é mal assombrado os incrédulos duvidam, mas nós não podemos esquecer que somos espíritos e que deixar o corpo carnal não nos impede de tomar decisões e de executar essas decisões, se não, não haveria obsessão, nem espíritos nas salas mediúnicas ameaçando fazer e acontecer com o seu pseudo inimigo. A morte do corpo não impede que o espírito desencarnado continue com sua forma de comportamento, assim após o desencarne, quem pratica o bem continua seu caminho, quem está no mal, às vezes fica pior, e quem não se conforma pode ficar preso à esfera terrestre e principalmente povoando o seu antigo ambiente e o transformando em mal assombrado, nem sempre por querer ser assombrador, mas por falta de consciência de que não pode mais retornar ao seu corpo recém separado.  Há espíritos que ao desencarnarem por assassinato só conseguem se libertar depois de encontrados seus corpos ou de ver punido seu assassino, por isso também passam a figurar na galeria dos mal assombrados, mas quando conseguem seu objetivo finalmente seguem seu caminho. (o filme um olhar do paraíso e ghost).

Os espíritos têm várias formas de se comunicarem e o que os torna visíveis de alguma forma para os vivos são ações, e uma das formas deles se fazerem presentes junto aos encarnados é a indução, ou seja, através do pensamento eles muitas vezes fazem com que o encarnado tome decisões. Quanto ao seu estado moral este pode ser descrito pela forma como ele age para com os encarnados; a assombração, por exemplo, é uma forma de comunicação que chama a atenção para a necessidade de tratamento para o espírito que se encontra desajustado, mas de forma geral é por meio da comunicação que se pode distinguir a ordem do espírito que fala. Para uma pessoa atenta e estudiosa do assunto é possível perceber até quando um espírito está querendo se passar por outro na tentativa de enganar o receptor da mensagem.

Numa manifestação de fenômeno físico, por exemplo, segundo Leon Denis, a presença mais comum é a dos espíritos inferiores, primeiro porque eles não se preocupam em se melhorar moralmente então praticam todo tipo de evento, depois porque eles precisam agir de maneira grosseira para que os encarnados possam lhes reconhecer, e por último porque eles estão à nossa volta em maior quantidade. É claro que isso não nos afasta dos espíritos bons, mas estes atuam sobre nós através da energia do bem que nos conduz às boas ações enquanto os inferiores se dedicam a todos os tipos de manifestações vulgares e ao comportamento desajustado. Mas como nada que Deus faz é falho, a comunicação dos espíritos inferiores é que fortalece as afirmações dos cientistas da doutrina espírita sobre a existência dos espíritos, por que eles fazem revelações grosseiras, triviais, que levam os receptores a identificá-los como a pessoa que conviveu com eles.

De que maneira o espírito que se encontra numa faixa vibratória inferior age para com o encarnado? Através da dominação intelectual.  Pensemos que João receba um espírito que dite as regras de como seus familiares devem se comportar dê palpite em suas vidas, decida por eles que caminho tomar, apareça de repente para resolver questões surgidas cotidianamente e atende a chamados de alguém a qualquer momento. Essas são características de um espírito desocupado e sem compromisso com as leis de Deus, por que se Deus nos deu o livre arbítrio não seria um espírito que poderia nos controlar. Afinal de contas quem é o espírito? Uma pessoa desencarnada! Então que sabedoria ou poder essa pessoa teria para nos conduzir? Mas isso acontece, e as vítimas pensam estarem bem assessoradas, desenvolvendo um bom trabalho, quando na verdade estão sendo enganadas, induzidas e até certo ponto obsidiadas. Por que o espírito do bem não controla, não dirige, não dita regras, ele apenas emana boas energias para ajudar a pessoa a agir sempre para o bem. É  preciso ficar atento porque quando a intromissão do além acontece de forma maléfica o resultado é a obsessão, às vezes a depressão e o declínio da vítima.

De que forma podemos nos conectar com o além? Através do pensamento, o pensamento aqui também significa ações que atraem espíritos de diversas ordens na faixa vibratória, e o que os seleciona é exatamente a forma comportamental à qual nós estamos fixados. Uma pessoa que vive para fazer o bem, que consegue ajudar indiscriminadamente a quem precise, dentro de suas condições é claro, dificilmente vai ter dificuldades quando precisar de ajuda, o socorro vai chegar de lados que ela jamais pensaria. Isso significa a participação efetiva dos espíritos para com a permissão de Jesus, retribuir o bem que foi feito pelo encarnado e que atua sobre ele próprio na hora da necessidade. As ações benéficas são sempre realizadas pelos bons espíritos através da energia do bem. Em uma comunicação mostrada no estudo de Denis, o espírito diz ao dirigente da reunião “foi o vosso pensamento que me atraiu para junto de vossa medium”. Essa é mais uma comprovação científica de que o nosso pensamento é capaz de atrair qualquer espírito.  Resta a nós os encarnados, fazermos a triagem daquilo que pode ser verdadeiramente melhor para o nosso crescimento interior. Não digo aqui que devamos ser ortodoxos, pensar que ser espírita é ser bobo e aceitar todas as formas de “desaforo”, não é isso, ser espírita é antes de tudo, procurar analisar os nossos atos todos os dias, e tentar melhorá-los sempre.

É possível que um encarnado tenha experiências no além e retorne para normalidade sem sequelas? Claro que sim. Cito aqui como exemplo  uma mulher dessa cidade que há algum tempo atrás, ao dar à luz a uma de suas filhas sofreu de eclampsia e entrou em coma. Ela me relatou que ao perder a consciência se viu no teto da sala de cirurgia olhando para o seu corpo, no momento em que os médicos falaram que as possibilidades d’ela voltar eram ínfimas, ela foi sugada por alguém e foi jogada em uma sala com muitas pessoas calmas, em orações constantes e em estado de felicidade. Ela permaneceu naquele lugar com aquelas pessoas por quinze dias, nesse espaço de tempo ela não teve contato com nenhum familiar e quando lhe disseram que deveria  voltar, ela não queria mais retornar ao corpo, porque segundo ela o lugar era tão bom, ela se sentia tão feliz, que não desejava mais sair de lá. A resposta dos espíritos foi que ela teria que retornar e assim da mesma forma como foi retirada da sala de cirurgia ela foi remetida de volta para o corpo e acordou toda entubada. Seu desejo era retornar para o lugar onde estava, mas não deixaram, os médicos disseram que um milagre havia acontecido, e como ela estava muito agitada, sedaram-na novamente por 24 horas. Após, ela acordou ficou curada e criou o bebê que nascera com 06 meses de gestação e hoje se encontra em nossa sociedade forte, bonita e inteligente. Esse episódio se passou há pouco mais de 20 anos, aqui na cidade. Essa pessoa é evangélica, é muito conhecida na cidade, e não sabe que eu sou militante espírita. Para mim não resta nenhuma dúvida sobre a continuidade da vida espiritual após a morte, mas é bom a gente estar sempre comprovando de maneira espontânea que o além está perto de nós e que nós fazemos parte dele.

Quando se pensa em reencarnação e comum para nós os espíritas dizer: “eu quero reencarnar bem longe dessa cidade ou em um país bem distante”. Segundo Denis, isso não é a regra, pois mesmo após o desencarne o espírito continua ligado ao seu ambiente de convivência através do pensamento. A prova disso é que vários espíritos mais desenvolvidos retornam para desenvolver trabalhos nas casas espíritas das quais faziam parte enquanto encarnados. Quanto ao momento do retorno ao corpo físico, também segundo Denis, o espírito é atraído sempre para o lugar de sua última existência, afirmação bastante razoável, até porque o espírito ao desencarnar deixa alguns compromissos morais pendentes e o retorno possibilita a oportunidade da reabilitação moral e o crescimento espiritual, porque é para isso que nós reencarnamos, para aprender, para melhorar, para crescer até não precisar mais voltar à terra. 

Na comunicação entre o além e o mundo material existe uma figura muito importante. O médium. O médium é o portal de comunicação entre o encarnado e o desencarnado, através dele o espírito revela particularidades que só ele e as pessoas mais chegadas têm conhecimento. Chico Xavier aqui no Brasil, foi o portador de muitos recados importantes, chegando até livrar pessoas de condenação judicial através da recepção de recados dos espíritos que inocentavam os réus dos crimes apontados com toda clareza. Desde a descoberta oficial da sobrevivência do espírito por Allan Kardec, o médium sempre foi o portal para a passagem da informação, e esse reconhecimento aconteceu com atuação das irmãs Fox que com suas mediunidades se comunicaram com o espírito de um homem enterrado na parede da adega de sua casa em Hydesville na Inglaterra e essa prática permanece valendo até a atualidade, pois é comum e usual se ver nas salas mediúnicas espíritos se comunicando sempre. Seja para dar bons conselhos ou para assombrar. 

Os fenômenos mediúnicos não foram disseminados ou ratificados  por  teorias criadas na antiguidade nem reescrita  por uma única pessoa, a certificação do fenômeno mediúnico foi realizada ao redor do mundo e por estudiosos conhecidos e respeitados como o filosofo russo Alexandre Aksakof, o quimico  e fisico inglês William Crookes, e o geografo, antropolooogo e ebiólogo Alfred Russel Wallace (pesquisador e colaborador de Charles Darwin) que chegou a conclusão qeu seleção natural, não justificaria os dons trazidos pelas pessas ao nascerem.  Os fenômenos mediunicos foram certificados por cientistas com formação direcionada ao comportamento humano e sem nenhuma crença na vida após a morte. Talvez por isso a sociedade desse mais credibilidade às manifestações espíritas, por se tratarem de estudos científicos, isso porque no século XIX os cientistas desenvolveram pesquisas sobre o comportamento humano  baseados na filosofia e na psicologia, esses métodos de estudo puderam garantir que determinados comportamentos e descrições de fatos pertenciam às pessoas já falecidas, esse inclusive foi o foco da pesquisa de  Russel Wallace que analisando o fenômeno das mesas girantes, conculiu o seguinte: “as comunicações com espíritos ‘são inteiramente comprovadas tão bem como quaisquer fatos que são provados em outras ciências’”. 

A existência do além e a sobrevivência da alma  que veio a se chamar de doutrina dos espíritos, se deveu  às incontáveis mensagens  recebidas por médiuns escreventes, dos espíritos desconhecidos, em sua maioria pertencentes às igrejas. Esses espíritos convencidos de que viveriam no paraíso ou iriam para o inferno, após a morte se chocaram com a nova realidade e ficaram perdidos buscando ajuda com os encarnandos. Enquanto isso o seus irmãos nas religiões ainda encarnados buscavam desqualificar suas manifestações e a  doutrina espírita através da lavagem cerebral  e da fixação da salvação atravaés do medo.

Finalizando, Leon Denis buscou entender em seu estudo a complexidade  do ser humano imbricada (acoplada) nos três elementos que nos forma que são “corpo físico, corpo fluídico e perispirito, ou a alma como nós conhecemos. E o que a psicologia chama de inconsciente, nós os espíritas reconhecemos como conhecimentos de existências anteriores as quais nos possibilita o desenvolvimento de valores já conhecidos e escondidos e que nos impulsionam ao progresso moral e à compreensão de que não estamos na terra a passeio, estamos aqui para evoluir, porque “o homem não procura elevar-se acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se”, afirmou Allan Kardec.


[1]  O termo médium se aplica a todas as pessoas, pois todos nós somos médiuns independente da religião à qual pertencemos.


Irene Dóres 
_________________________



Se o leitor tem mais perguntas ou sugestões escreva 
para e-mail:  institutocarlosbernardo@gmail.com

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O que fazemos da doutrina dos Espíritos??



Vendo informações em alguns sites do exterior sobre o espiritismo percebo que por lá, tudo que tenho aprendido até hoje no espiritismo segue a mesma linha de sempre, a única que Kardec nos deixou. Parece que ao chegar nas terras tupiniquins é que a coisa muda. O brasileiro por educação está acostumado a receber tudo pronto, procura não pensar nos detalhes que fazem grandes diferenças na escolha do que acredita. Fácil perceber esta atuação nos brasileiros pela historia da nossa política. Políticos que hoje são suspeitos e até julgados por corrupção são, com o passar do tempo esquecidos e voltam à urna sendo novamente eleitos pelo eleitor. Puro esquecimento ou falta de conhecimento? Eu acredito que ambos. Temos a mania terrível de cruzar os braços e apenas reclamar. O mesmo acontece com a Doutrina dos Espíritos! Vemos casas e dirigentes espíritas em pleno conflito por razões pequenas, onde o estudo sério das obras básicas de Kardec e do grande mestre Jesus resolveria rapidamente todo e qualquer conflito que possa existir. Mas, como seres humanos que somos, ainda falíveis aos erros. Acabamos por alimentar o nosso ego e esquecemos do mais importante: Cumprir a responsabilidade que recebemos ao se dizer espírita.
Conflitos de opiniões são naturais e até leva ao crescimento.  Afinal todo espírita gosta de argumentar e não aceitar “verdades” prontas. Mas, deixar que o ego e o orgulho comandem é muito preocupante quando vemos alguns espíritas se deixando levar por este lado.
Há pouco tempo tive uma pequena divergência com um companheiro espírita. No meu caso achei que seria algo sem profundas repercussões, algo natural de quem vive em uma comunidade. Para mim, após ser dirimidas as dúvidas do momento, foi tudo esquecido ou pelo menos aceito as colocações de ambos os lados. Mas tive uma surpresa ao encontrar tal pessoa em um lugar publico e ela não me dirigir à palavra. Tentei cercá-la com o meu olhar e um sorriso para não cometer o erro de estar enganada em minhas especulações. Mas tal pessoa fugiu do meu olhar e da cortesia de me cumprimentar. Sinceramente fiquei chocada! Sei que devemos respeitar o ser humano e entender a suas limitações, mas para espíritas que somos, onde, com o conhecimento, sobre o que a continuação dos erros nos leva e sobre aprendizado que adquirimos nos Centros Espíritas que freqüentamos, onde sempre é frisado no estudo doutrinário a mudança moral do ser, tal atitude para mim ficou sem sentido.
Este momento me fez analisar o que nós espíritas hoje em dia fazemos desta doutrina que os espíritos nos trouxeram como fonte esclarecedora de vida e que junto ao mestre Jesus nos ensina o dever de mudanças morais para crescemos espiritualmente. O que adianta falamos aos outros sobre a importância moral se ainda, nós espíritas, nos deixemos levar por estes mesmos conflitos sem nada fazer para mudar??!!!  
Quem procura o conhecimento da doutrina sabe que a luta é diária e incessante. Vamos cair muitas e muitas vezes. Mais com a repetição das palavras, aliado ao estudo devemos pelo menos ter o dever se estarmos alertas, para não se deixar cair em armadilhas que a vida nos oferece. O orgulho é o resultado do ego que alimentamos e que acaba por nos cegar. Escondendo de nós mesmos os “tais” conceitos morais que irá nos fazer evoluir como espíritos que somos. Será que tudo que aprendemos cai no chão ao sairmos da casa espírita? É uma analise que devemos fazer diariamente, como um ato de sincera humildade a nós mesmos.
Muitas vezes procuramos os erros nos outros. No amigo que não aceitou o que falamos, na esposa que grita numa conversa banal, no colega de trabalho que reclama de tudo, mas em poucos ou talvez nenhum momento, somos nós próprios os analisados. Por isso fica aqui a pergunta para cada companheiro espírita que se dignificar a ler este artigo: Do que fazemos da doutrina dos espíritos?
De minha parte fica o aprendizado que deveria talvez ser eu a pessoa a falar com tal companheiro. Prometo a mim mesmo não deixar passar a oportunidade de desfazer um possível (?) mal-estar na próxima vez que o encontrar. Como eu mesmo falei o conhecimento vale pra todos. Por isso fica a lembrança do quê comentou Leon Denis, onde afirmou que: o Espiritismo será aquilo que dele os homens fizerem. Talvez seja o momento de cada um analisar em seu intimo sobre isso.
Vamos fazer do Espiritismo uma doutrina livre de igrejismos, misticismos, salvacionismos, missionarismos e superstições. Uma doutrina lúcida, capaz de iluminar o mundo, as consciências e os corações, ou seja a doutrina que foi codificada por Kardec, complemento dos ensinos do mestre Galileu, apenas isso!

Iara Brandão
_________________________





Se o leitor tem mais perguntas ou sugestões escreva 
para e-mail:  institutocarlosbernardo@gmail.com

domingo, 17 de julho de 2011

Nossos mentores?



       Pensemos! É sabido que os religiosos sempre foram contra a doutrina dos espíritos e seus princípio espirituais deste o surgimento do espiritismo, campanhas contra seus princípios existênciais, tentando levar ao descrédito e ao ridículo. Vide o ato de Barcelona, na Espanha quando esses religiosos queimaram os livros dos espíritos em praça publica tentando reprimir os conceitos da doutrina dos espíritos. Tiro que saiu pela culatra pois, foi sua grande divulgação. 
   Temem os religiosos, a imortalidade, reencarnação, comunicabilidade, pluralidade dos mundos, enquanto a doutrina dos espíritos tira de Deus as responsabilidades de nossos atos nos mostrando que o verdadeiro perdão de Deus é a reencarnação, dando a oportunidade a todos igualmente como já havia alertado o mestre Jesus quando coloca: "A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS". Colocando por fim o céu e o inferno. Mostrando a todos que nos é que criamos esse estagio consciêncial determinado pelas repercussões de nossas ações.

     Quando desencarnamos ou retornamos ao plano espiritual continuamos nossa evolução espiritual, provocados pela lei de progresso, lei esta que nos impulsiona para nossa ascensão como espíritos que somos, refletimos nossas ações no plano material e buscamos através de ações nos reabilitamos perante a lei natural que um dia burlamos.

       E o que vemos no nosso movimento espírita principalmente no nosso Pais onde a maioria de nossos mentores espiritual são padres, frei, freira e toda espécie de religiosos aqueles mesmos que um dia perseguiram a nossa doutrina TENTADO LEVA-LA AO RIDÍCULO e ainda continuam, querendo transformar as casas espíritas em templos religiosos incultando ritos, dogmas, cânticos e todas espécies de praticas esdrúxulas que não levam a nada, repetido praticas Milenar que nunca ajudou o homem em nada, só criando utopia, levando o ser a se distanciar de Deus, pois colocam na divindade nossas responsabilidades morais, quando nos somos os verdadeiros artífices das nossas felicidades ou infelicidades. Manipulando os presidentes espíritas, seus coordenadores e/ou trabalhadores obsediando a todos. Manipulando a todos com suas tendenciosas praticas. Será que ao desencarnar viraram espíritas? Pois sabemos que o Ser leva consigo suas aptidões, condicionamentos, tanto assim, que esses espíritos ainda conservam suas vestes, ainda aparecem vestidos a caráter com sempre viveram. Se mudaram seus pensamentos porque continuam a aparecer como sempre viveram? Fiquemos alertas para não nos iludimos. 

     A onde estão espíritos sérios, estudiosos da doutrina, pesquisadores, homem que sempre defenderam e trabalharam pela doutrina? Porque não se comunicam na maioria dos centros espíritas (será que não há mais estudos sérios)? Pois hoje a maioria só estuda auto-ajuda, iluminação interior, inteligência emocional, não estudam mais a codificação espírita. Livros que nos ajuda a conhecer profundamente o ser. Será que Kardec esta ultrapassado? Se estar, quem veio no lugar dele? O que falta é sintonia e seriedade no movimento espírita com essa pleia de espíritos sérios que não se corrompem perante seus ideais.
     
      É amigos infelizmente e essa nossa realidade! Já disse Leon Denis: "O espiritismo será o que dele fizerem os homens" , pois talvez a ausência de espíritos seja a falta de sintonia, pois pela lei de atração  os afins se atraem e os opostos se repelem. Busquemos através do estudos sérios a esses amigos, que com certeza virão em nosso encontro. Busquemos o mestre Jesus através dos seus evangelhos o esclarecimento contidos neles trazendo  para nossa vida diária.

     Melhor rejeitar nove verdades que aceitar uma única mentira - disse Kardec. Ouvir o que dizem os espíritos, mais busquem nas entrelinhas os conteúdos de suas palavras. A mensagem que levam a mudança moral é coletiva, raramente são mensagens individuais, pois espíritos sérios respeitam o livre arbítrio de todos nós e nem sabem de tudo, pois seus conhecimentos vão ate seu limite intelectual. Por isto devemos buscar o conhecimento, para em parceria com esses espíritos sermos parceiros, ferramentas trabalhadas e prontas para o trabalho.




Kleber Rosemberg
_________________________

Se o leitor tem mais perguntas ou sugestões escreva 
para e-mail:  institutocarlosbernardo@gmail.com

sábado, 9 de julho de 2011

A doutrina Kardecista e a diferença das religiões espiritualista.

 
 
Vemos que ainda há muitas pessoas que confundem o espiritismo com algumas religiões espiritualista, e que muitas vezes referem-se a elas como se fossem iguais ou como um segmento do espiritismo. Não é porque uma religião crê na vida após o desencarne, ou, porque seus adeptos mantenham práticas mediúnicas que pode ser denominado como Espiritismo.
É muito importante compreender que o espiritismo é único! Não há divisões e nem diferença entre o espiritismo brasileiro e o espiritismo francês, nem segmentos diferentes como espiritismo de mesa ou linha branca. Não temos rituais, nem dogmas e nem hierarquia doutrinária. Em nossas reuniões não têm culto a imagens, incensos, velas, bebidas e nem danças. Os médiuns espíritas não jogam tarô, não lêem as mãos, nem baralho e nem búzios. Não fazemos sacrifícios de animais, nem oferendas e nem uso de talismãs. Não há “trabalhos” para amarrar ou trazer marido ou para passar no vestibular nem qualquer outra coisa parecida.
Então se o leitor até este momento associava alguma destas informações ao Espiritismo é o momento certo de mudar o seu conceito.O Espiritismo é uma doutrina de conseqüências éticas e morais. Foi fundamentada nos ensinamentos transmitidos pelos espíritos e foi transcritos e decodificado por Allan Kardec. Estes ensinamentos estão registrados em suas obras básicas que compõem a codificação da doutrina Espírita. São as seguintes obras:
1.    O LIVRO DOS ESPÍRITOS (publicado em 18 de abril de 1857);
2.    O LIVRO DOS MÉDIUNS (publicado em janeiro de 1861)
3.    O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (publicado em abril de 1864)
4.    O CÉU E O INFERNO (publicado em agosto de 1865)
5.  A GÊNESE, OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO (publicado em janeiro de 1868)
6.    OBRAS PÓSTUMAS (publicado em 1890)

OUTRAS OBRAS

Além das Obras Básicas da Codificação Espírita, Allan Kardec contribuiu com outros livros básicos de iniciação doutrinária, como:

• A obsessão;
• Catálogo racional para a criação de uma biblioteca espírita;
• Instruções práticas sobre as manifestações espíritas;
• O espiritismo em sua mais simples expressão;
• O que é o espiritismo;
• Resumo da lei dos fenômenos espíritas;
• Revista espírita, “jornal” que esteve sob sua direção por 12 anos;
• Viagem espírita em 1862.

Através da obras básicas temos a doutrina Espírita da forma que deve ser apresentada em todas as casas que se dizem espíritas. Até porque, os termos espiritismo, espírita e espiritista foram criados por Allan Kardec para se referir ao estudo e aos seguidores da Doutrina Espírita.
Portanto, são chamados de espírita os seguidores desta doutrina. E mesmo com outras as doutrinas espiritualista , não convêm que elas se denominem ou sejam chamadas por pessoas sem conhecimento, de espíritas.

É IMPORTANTE ESCLARECER

Para que possa esclarecer ainda mais sobre as religiões espiritualista e a Doutrina dos Espíritos temos como ponto de encontro um item muito importante entre elas: a mediunidade.

A mediunidade é uma faculdade humana e não uma propriedade do Espiritismo. O Espiritismo não a criou, ela sempre existiu desde inicio dos tempos. O que o Espiritismo faz é estudar esta faculdade a fundo e assim educá-la para o uso racional e direcionado para ajudar a quem necessita e também ao próprio médium. Da forma que o Jesus ensinou “dar de graça o que de graça recebeu.”

Todo espírita procura na doutrina uma harmonia com a lógica. Para isso é necessário estudar e investigar tudo que se aprende. Com o espiritismo o homem se sente livre para novas formas de ver “verdades” que em algumas religiões, são ditas como absoluta. Tendo como base o raciocínio lógico e ciência, o espírita se diferencia das religiões que prende o homem em idéias inconcebíveis para conhecimento que hoje dia é proporcionado ao ser. Allan Kardec, pioneiro nos estudos e nos fenômenos espíritas, recebeu dos espíritos, que já previam este conflito, a seguinte orientação: “Se algum dia a ciência comprovar que a Doutrina Espírita está errada em algum ponto, cumpre ao espírita abandonar esse ponto equivocado e seguir a orientação da ciência”.

É como diz o ditado popular: Contra fatos não há argumentos. É muito importante ao leitor saber diferenciar o que é o espiritismo e dos lugares que se dizem espíritas, e saber com toda certeza em que lugar estar freqüentando.

Iara Brandão
_________________________

Se o leitor tem mais perguntas ou sugestões escreva 
para e-mail:  institutocarlosbernardo@gmail.com

terça-feira, 28 de junho de 2011

Transtorno mental ou mediunidade?


Talvez você já tenha ouvido de alguém que precisa desenvolver sua mediunidade num centro mas não deu a esta sugestão a devida importância, por preconceito teve medo de assumir esse compromisso, ou ainda não sabia que tinha uma mediunidade aflorada.


Mas, por que é preciso desenvolvê-la? Para quem não sabe, antes de reencarnar, no astral, muitos médiuns assumiram com os espíritos superiores o compromisso de se tornarem instrumentos da espiritualidade na existência atual. Assumiram o compromisso de exercerem sua mediunidade para saldarem seus compromissos paligenésicos por conta de prejuízos causados numa vida pretérita a muitas pessoas. Neste caso, a mediunidade representa uma oportunidade de evolução e reparação de erros cometidos outrora.


No entanto, por conta do véu do esquecimento de seu passado ou da lei do esquecimento (uma das leis às quais todos estão sujeitos nessa vida terrena) muitos esquecem seu verdadeiro propósito de vida: virem para servir como médiuns.E o que acontece se a pessoa não exerce sua mediunidade em prol de outros seres humanos? Obviamente, cada caso é um caso, mas o que observo nos assistidos que estão nessa condição, que vêm em busca de ajuda  nos centros espíritas, é que suas vidas ficam todas emperradas e, em muitos casos, em praticamente todos os aspectos: afetivo, financeiro/profissional, familiar, social, da saúde, etc.


Estão quase sempre doentes e os médicos não descobrem a causa dos problemas porque as doenças de origem espiritual não aparecem nos exames médicos.Há ainda aqueles assistidos que, enquanto não trabalharem como médiuns num centro espírita, eram vítimas de obsessores espirituais que não lhes davam sossego. Há também aqueles que, por conta dos inúmeros problemas emocionais (crises de choro sem causa aparente, depressão, angústia, ansiedade, transtorno de pânico, provocados por seus obsessores espirituais) procuram a ajuda de um terapeuta (psicólogo ou psiquiatra), mas, por ainda considerar a mediunidade como um fenômeno anômalo, patológico, o profissional poderá rotular equivocadamente os pacientes médiuns como portadores de distúrbios psiquiátricos. Desta forma, lamentavelmente, a maioria dos profissionais da área de saúde não faz um diagnóstico correto, não distinguindo um aspecto mediúnico de um distúrbio psiquiátrico propriamente dito. Por isso, é bastante comum receber em meu consultório médiuns rotulados pela psicologia ou psiquiatria oficial de esquizofrênicos, psicóticos, com transtorno bipolar (alternância de humor extremada), síndrome do pânico, depressão, etc.


Então como distinguir um transtorno mediúnico de um transtorno psiquiátrico? Os médiuns são todos aqueles que servem de intermediário entre os espíritos desencarnados e os encarnados e que a grande maioria dos psiquiatras e psicólogos consideram os médiuns como portadores de distúrbios psiquiátricos. Por conta disso, não existe ainda um diagnóstico diferencial entre um distúrbio mediúnico, que é normal, de um distúrbio mental, psiquiátrico, que é patológico, doentio.Desta forma, nem todos aqueles que dizem ver e/ou ouvirem vozes de seres espirituais, sofrem de uma desordem mental, psiquiátrica, sendo portadores de um quadro de esquizofrenia.



Nas Faculdades de Medicina e de Psicologia é ensinado que reencarnação não existe, que a vida começa no útero e que espíritos não existem; por isso, quem vê seres espirituais e/ou ouve suas vozes é diagnosticado prontamente como sofrendo de um transtorno mental grave, ou seja, psicose, esquizofrenia.
A psicologia treina então a diagnosticar os pacientes dessa forma, mas sem nunca fazer uma investigação mais ampla e cuidadosa para distinguir se o que eles diziam era real ou imaginário, fruto de suas mentes enfermas ou que simplesmente alguns assistidos podem estar falando a verdade, que  estejam realmente vendo e/ou ouvindo os espíritos, ou seja, que essa pessoa tem uma sensibilidade maior para perceber o mundo espiritual.


Porém, quando começamos a trabalhar com a espiritualidade nos deparamos com os relatos dos assistidos sobre as revivências traumáticas de suas vidas pretéritas e as manifestações de seres espirituais obsessores a quem eles prejudicaram em suas existências passadas desta forma sendo comprovados fenômenos causados por manifestações espirituais.


Como praticante da doutrina dos espíritos pude presenciar algumas curas de pacientes rotulados por psiquiatras de esquizofrênicos, psicóticos, bipolares, etc., constatando assim que o paradigma médico e psicológico  - ainda hoje ensinado nas Universidades-, está profundamente equivocado, pois não trata o ser humano como um todo (mente, corpo e espírito), adotando, portanto, um critério científico puramente organicista, não levando em consideração a existência da alma, do espírito.


Embora exista uma sutil fronteira para diferenciar um distúrbio mediúnico de um distúrbio psiquiátrico, aqui estão os sintomas mais comuns de uma mediunidade em desarmonia:


- 1) Sensação de peso, pressão na cabeça, na nuca, nos ombros ou nas costas;
- 2) Insônia, desassossego, pesadelos constantes de estar sendo perseguido;
- 3) Nervosismo acentuado (irritação por motivos banais);
- 4) Calafrios e arrepios constantes no corpo ou partes do corpo (sensação de frio nas mãos e pés);
- 5) Cansaço geral, desvitalização, desânimo;
- 6) Humor instável, alternância de humor extremada; tristeza profunda ou excessiva alegria, sem razão aparente;
- 7) Ver e/ou ouvir seres espirituais, senti-los, principalmente, antes de dormir (estado de pré-sonolência) e/ou ao acordar pela manhã.


Mas desejo ressaltar que cada caso é um caso; por isso reafirmo que é importante realizar uma análise mais detalhada e cuidadosa de cada caso para sabermos distinguir um evento mediúnico de um distúrbio mental.

Aí pergunto ao caro leitor: Qual afinal a causa desses transtornos? O que faz uma pessoa ficar deprimida? Sabe-se que a  depressão é um transtorno de humor que vem aumentando significativamente no mundo todo. Vejamos quais são os sintomas clássicos de uma depressão?


- Sensação de vazio;
- Choro fácil e constante;
- Interesse e prazer pela vida acentuadamente diminuída;
- Perda da libido;
- Distúrbio do sono (excesso de sono, só querer dormir, ou sua falta, isto é, insônia, acordar de madrugada, sono intranquilo, agitado);
- Distúrbio alimentar (falta ou excesso de apetite);
- Fadiga constante, desânimo, desmotivação;
- Falta de concentração, problemas de memória (esquecimento);
- Pensamentos negativos, recorrentes de suicídio;
- Desorientação, confusão mental, angústia, etc.

Mas por que a depressão vem aumentando consideravelmente?


São vários os fatores que estão provocando isso. Mas o que observo particularmente é que a falta de sentido, de perspectiva para a vida, o desamor, a solidão, a falta de fé, de esperança, o afastamento do lado espiritual são os aspectos que levam a um caminho equivocado, apenas no Ter, no consumismo exacerbado, no imediatismo, esquecendo-se do Ser. Ou seja, muitos esquecem que somos seres espirituais temporariamente passando por uma experiência terrena nesta jornada. Entram na hipnose coletiva, esquecendo-se do verdadeiro propósito a que vieram na vida presente, achando que estão aqui pela primeira vez nesse Planeta. E o pior, acreditam que a vida começa com o nascimento e termina com a morte física, ou seja, morreu, acabou tudo. Daí entram na ilusão mental, na crise do para quê?Para que viver? Qual o sentido da vida?

Rosana Santos
(pedagoga) 
___________________________________________


Se o leitor tem mais perguntas ou sugestões escreva 
para e-mail:  institutocarlosbernardo@gmail.com

sábado, 18 de junho de 2011

Perguntas e respostas


O ESPÍRITO ENTRA NO CORPO DO MÉDIUM?
Não, o que existe é uma interpenetração psíquica, ou seja, o contato é mente com mente. Não sendo possível dois espíritos ocuparem o mesmo corpo.

O ESPIRITISMO SEGUE A BÍBLIA?
Não. Seguimos o ensinamentos de Jesus e seu Evangelho.

O QUE É PERÍSPIRITO?
Períspirito é o nome dado por Allan Kardec ao elo de ligação entre o Espírito e o corpo físico. Quando o Espírito está desencarnado, é o períspirito que lhe serve como meio de manifestação.

OBSESSÃO TEM CURA?
Sim. Para tanto é necessário que mudemos as nossas condutas morais. Disse Jesus : “ Cada um segundo as suas obras”

COMO É FEITA A CURA ESPIRITUAL ?
Através da regeneração das células em desequilíbrio com o corpo por espíritos químicos ou controles nos devidos trabalhos e sempre de acordo com o merecimento e necessidades de cada um. Disse Jesus: A ninguém será dado um fardo que não se possa carregar”

OS ESPÍRITOS VÊEM TUDO O QUE FAZEMOS?
Veêm mais do que pensas.Interferem em nossa vida muitas vezes chegando ao ponto de nós conduzir. Por isso devemos ter cuidado com o que pensamos.Disse Jesus: Orai e vigiai !

QUAL O SIGNIFICADO DA PALAVRA ESPÍRITO?
Principio Inteligente, organizador biológico do ser.

ENTRE A DOR FÍSICA E A DOR MORAL, QUAL DAS DUAS FAZ VIBRAR MAIS PROFUNDAMENTE O ESPÍRITO HUMANO?
A moral. Pois as dores físicas acabam com o corpo.

QUEM É KARDEC? ONDE NASCEU O ESPIRITISMO?
Allan Kardec é o codificador da doutrina Espírita, foi o organizador das informações obtidas junto aos espíritos através de médiuns, avaliando-as, comparando-as e editando-as nas obras da codificação, tendo como títulos:  

  1. O Livro dos Espíritos, 
  2. O Evangelho Segundo o Espiritismo, 
  3. O Livro dos Médiuns, 
  4. A Gênese, 
  5. O Céu e o Inferno.

O espiritismo como doutrina, no entanto, surgiu a partir da publicação, na França, em 1857, de O livro dos espíritos, de Allan Kardec, pseudônimo do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail. Considerado a obra básica do espiritismo, o livro de Kardec codificava a doutrina espírita, resumindo-a em cinco pontos:

1) Imortalidade;
2) Reencarnação
3) Comunicabilidade com os espíritos



Se o leitor tem mais perguntas ou sugestões escreva 
para e-mail:  institutocarlosbernardo@gmail.com

sábado, 11 de junho de 2011

Código penal da vida futura

 
O espiritismo não se apóia numa autoridade de ordem particular para formular um código fantasioso. Suas leis no que respeita o futuro da alma seriam analisadas e observação positivas sobre os fatos:

- A alma ou espírito sofre na vida espiritual as conseqüências de todas as imperfeições que não conseguiu se livrar na sua vida corpórea. Seu estado feliz ou infeliz depende do seu grau de depuração ou imperfeição não a um só ato de imperfeição da alma que não lhe traga conseqüências desagradáveis; e um ato de perfeição ou de bondade que também não traga conseqüências agradáveis. A soma dos sofrimentos e proporcional a soma das imperfeições;
- Em virtude da lei de progresso tendo cada alma a possibilidade de conquistar o bem que lhe falta e libertando do mal, segundo seus esforços e sua vontade mostrados assim que o futuro abre a toda criatura;
- O sofrimento sendo conseqüência das imperfeições, a alma leva em si mesma o seu próprio castigo onde quer que se encontre (não há um lugar circunscrito para ela  o “inferno” esta assim, para toda parte ,onde quer que existem  almas sofredora, como o “céu”esta por toda parte, onde quer que existem almas felizes);
- O bem e o mal que praticamos são resultados das boas e das más qualidades que possuímos. Se toda a imperfeição e fonte de sofrimento, o espírito deve sofrer não só por todo mal que tenha feito, mas também por todo o bem que podia e que não fez durante sua vida terrena;
- A justiça de Deus sendo perfeita, todo o mal e todo o bem são rigorosamente levados em conta. Se não ha uma única ação má, um só mau pensamento que não tenha conseqüências funestas, também não há única ação boa, um só bom movimento da alma, numa palavra, o mais ligeiro mérito que fique perdido. Por pior que seja o indivíduo, pois ai começará o progresso;
- A expiação varia segundo a natureza e a qualidade das faltas cometidas, a mesma falta pode assim ter conseqüências diferentes, segundo as circunstâncias agravantes ou atenuantes  as quais foram cometidas;
- A duração do sofrimento do espírito esta condicionada à melhora moral do espírito.
- O arrependimento é o primeiro passo para o melhoramento.  Mas ele apenas não basta sendo necessários a “provação” e a “expiação”;
- O arrependimento suaviza as dores da expiação porque desperta a esperança e prepara a reabilitação, mas somente a reparação pode anular a efeito e pulverizar a causa. O perdão seria uma graça e não uma anulação da falta;
- O arrependimento por se só não basta e necessário anular as faltas com ações boas para pouco a pouco nos reabilitarmos perante as leis naturais. Disse Kardec: “problemas morais só se resolvem com soluções morais”;
- Um fenômeno sempre freqüente entre os espíritos de certo grau de inferioridade moral consiste em se acreditarem ainda vivos após a morte, e essa ilusão pode se prolongar durante anos, através dos quais eles experimentam todas as necessidades, todos os tormentos e todas as perplexidade da vida;

Apesar da diversidade de gêneros e graus de sofrimento dos espíritos imperfeitos, o código penal da vida futura pode se resumir nestes três princípios:

- O sofrimento e inerente a imperfeição;
- Toda imperfeição e toda a falta que dela decore, traz o seu proprio castigo nas suas conseqüências natural e inevitável, como a doença dos excessos, o tédio da ociosidade sem que haja necessidade de uma condenação especial para cada falta e cada indivíduo;
- Todo o homem podendo corrigir suas imperfeições pela sua própria vontade, pode poupasse dos males que delas decorem, e assegurar a sua felicidade futura;
- A cada um – disse Jesus – segundo as suas obras;
- A responsabilidade - disse Leon Denis - estabelecida pelo testemunho da consciência, que nos aprova ou censura segundo a natureza dos atos.
                                                                        

Kleber Rosemberg.


Se o leitor tem mais perguntas ou sugestões escreva 
para e-mail:  institutocarlosbernardo@gmail.com