sábado, 9 de julho de 2011

A doutrina Kardecista e a diferença das religiões espiritualista.

 
 
Vemos que ainda há muitas pessoas que confundem o espiritismo com algumas religiões espiritualista, e que muitas vezes referem-se a elas como se fossem iguais ou como um segmento do espiritismo. Não é porque uma religião crê na vida após o desencarne, ou, porque seus adeptos mantenham práticas mediúnicas que pode ser denominado como Espiritismo.
É muito importante compreender que o espiritismo é único! Não há divisões e nem diferença entre o espiritismo brasileiro e o espiritismo francês, nem segmentos diferentes como espiritismo de mesa ou linha branca. Não temos rituais, nem dogmas e nem hierarquia doutrinária. Em nossas reuniões não têm culto a imagens, incensos, velas, bebidas e nem danças. Os médiuns espíritas não jogam tarô, não lêem as mãos, nem baralho e nem búzios. Não fazemos sacrifícios de animais, nem oferendas e nem uso de talismãs. Não há “trabalhos” para amarrar ou trazer marido ou para passar no vestibular nem qualquer outra coisa parecida.
Então se o leitor até este momento associava alguma destas informações ao Espiritismo é o momento certo de mudar o seu conceito.O Espiritismo é uma doutrina de conseqüências éticas e morais. Foi fundamentada nos ensinamentos transmitidos pelos espíritos e foi transcritos e decodificado por Allan Kardec. Estes ensinamentos estão registrados em suas obras básicas que compõem a codificação da doutrina Espírita. São as seguintes obras:
1.    O LIVRO DOS ESPÍRITOS (publicado em 18 de abril de 1857);
2.    O LIVRO DOS MÉDIUNS (publicado em janeiro de 1861)
3.    O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (publicado em abril de 1864)
4.    O CÉU E O INFERNO (publicado em agosto de 1865)
5.  A GÊNESE, OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO (publicado em janeiro de 1868)
6.    OBRAS PÓSTUMAS (publicado em 1890)

OUTRAS OBRAS

Além das Obras Básicas da Codificação Espírita, Allan Kardec contribuiu com outros livros básicos de iniciação doutrinária, como:

• A obsessão;
• Catálogo racional para a criação de uma biblioteca espírita;
• Instruções práticas sobre as manifestações espíritas;
• O espiritismo em sua mais simples expressão;
• O que é o espiritismo;
• Resumo da lei dos fenômenos espíritas;
• Revista espírita, “jornal” que esteve sob sua direção por 12 anos;
• Viagem espírita em 1862.

Através da obras básicas temos a doutrina Espírita da forma que deve ser apresentada em todas as casas que se dizem espíritas. Até porque, os termos espiritismo, espírita e espiritista foram criados por Allan Kardec para se referir ao estudo e aos seguidores da Doutrina Espírita.
Portanto, são chamados de espírita os seguidores desta doutrina. E mesmo com outras as doutrinas espiritualista , não convêm que elas se denominem ou sejam chamadas por pessoas sem conhecimento, de espíritas.

É IMPORTANTE ESCLARECER

Para que possa esclarecer ainda mais sobre as religiões espiritualista e a Doutrina dos Espíritos temos como ponto de encontro um item muito importante entre elas: a mediunidade.

A mediunidade é uma faculdade humana e não uma propriedade do Espiritismo. O Espiritismo não a criou, ela sempre existiu desde inicio dos tempos. O que o Espiritismo faz é estudar esta faculdade a fundo e assim educá-la para o uso racional e direcionado para ajudar a quem necessita e também ao próprio médium. Da forma que o Jesus ensinou “dar de graça o que de graça recebeu.”

Todo espírita procura na doutrina uma harmonia com a lógica. Para isso é necessário estudar e investigar tudo que se aprende. Com o espiritismo o homem se sente livre para novas formas de ver “verdades” que em algumas religiões, são ditas como absoluta. Tendo como base o raciocínio lógico e ciência, o espírita se diferencia das religiões que prende o homem em idéias inconcebíveis para conhecimento que hoje dia é proporcionado ao ser. Allan Kardec, pioneiro nos estudos e nos fenômenos espíritas, recebeu dos espíritos, que já previam este conflito, a seguinte orientação: “Se algum dia a ciência comprovar que a Doutrina Espírita está errada em algum ponto, cumpre ao espírita abandonar esse ponto equivocado e seguir a orientação da ciência”.

É como diz o ditado popular: Contra fatos não há argumentos. É muito importante ao leitor saber diferenciar o que é o espiritismo e dos lugares que se dizem espíritas, e saber com toda certeza em que lugar estar freqüentando.

Iara Brandão
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Se o leitor tem mais perguntas ou sugestões escreva 
para e-mail:  institutocarlosbernardo@gmail.com

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