sábado, 11 de junho de 2011

Código penal da vida futura

 
O espiritismo não se apóia numa autoridade de ordem particular para formular um código fantasioso. Suas leis no que respeita o futuro da alma seriam analisadas e observação positivas sobre os fatos:

- A alma ou espírito sofre na vida espiritual as conseqüências de todas as imperfeições que não conseguiu se livrar na sua vida corpórea. Seu estado feliz ou infeliz depende do seu grau de depuração ou imperfeição não a um só ato de imperfeição da alma que não lhe traga conseqüências desagradáveis; e um ato de perfeição ou de bondade que também não traga conseqüências agradáveis. A soma dos sofrimentos e proporcional a soma das imperfeições;
- Em virtude da lei de progresso tendo cada alma a possibilidade de conquistar o bem que lhe falta e libertando do mal, segundo seus esforços e sua vontade mostrados assim que o futuro abre a toda criatura;
- O sofrimento sendo conseqüência das imperfeições, a alma leva em si mesma o seu próprio castigo onde quer que se encontre (não há um lugar circunscrito para ela  o “inferno” esta assim, para toda parte ,onde quer que existem  almas sofredora, como o “céu”esta por toda parte, onde quer que existem almas felizes);
- O bem e o mal que praticamos são resultados das boas e das más qualidades que possuímos. Se toda a imperfeição e fonte de sofrimento, o espírito deve sofrer não só por todo mal que tenha feito, mas também por todo o bem que podia e que não fez durante sua vida terrena;
- A justiça de Deus sendo perfeita, todo o mal e todo o bem são rigorosamente levados em conta. Se não ha uma única ação má, um só mau pensamento que não tenha conseqüências funestas, também não há única ação boa, um só bom movimento da alma, numa palavra, o mais ligeiro mérito que fique perdido. Por pior que seja o indivíduo, pois ai começará o progresso;
- A expiação varia segundo a natureza e a qualidade das faltas cometidas, a mesma falta pode assim ter conseqüências diferentes, segundo as circunstâncias agravantes ou atenuantes  as quais foram cometidas;
- A duração do sofrimento do espírito esta condicionada à melhora moral do espírito.
- O arrependimento é o primeiro passo para o melhoramento.  Mas ele apenas não basta sendo necessários a “provação” e a “expiação”;
- O arrependimento suaviza as dores da expiação porque desperta a esperança e prepara a reabilitação, mas somente a reparação pode anular a efeito e pulverizar a causa. O perdão seria uma graça e não uma anulação da falta;
- O arrependimento por se só não basta e necessário anular as faltas com ações boas para pouco a pouco nos reabilitarmos perante as leis naturais. Disse Kardec: “problemas morais só se resolvem com soluções morais”;
- Um fenômeno sempre freqüente entre os espíritos de certo grau de inferioridade moral consiste em se acreditarem ainda vivos após a morte, e essa ilusão pode se prolongar durante anos, através dos quais eles experimentam todas as necessidades, todos os tormentos e todas as perplexidade da vida;

Apesar da diversidade de gêneros e graus de sofrimento dos espíritos imperfeitos, o código penal da vida futura pode se resumir nestes três princípios:

- O sofrimento e inerente a imperfeição;
- Toda imperfeição e toda a falta que dela decore, traz o seu proprio castigo nas suas conseqüências natural e inevitável, como a doença dos excessos, o tédio da ociosidade sem que haja necessidade de uma condenação especial para cada falta e cada indivíduo;
- Todo o homem podendo corrigir suas imperfeições pela sua própria vontade, pode poupasse dos males que delas decorem, e assegurar a sua felicidade futura;
- A cada um – disse Jesus – segundo as suas obras;
- A responsabilidade - disse Leon Denis - estabelecida pelo testemunho da consciência, que nos aprova ou censura segundo a natureza dos atos.
                                                                        

Kleber Rosemberg.


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para e-mail:  institutocarlosbernardo@gmail.com

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